Archive for October, 2008

Hoy tengo tiempo

Posted in Sonetos de esos a quien admiro on October 26, 2008 by suavemurmullodeluna

Tiempo

Hoy tengo tiempo,

tengo todo el tiempo del mundo,

para pensar en nosotros,

para pensar en ti … y en mi,

y en todas las pequeñas cosas

que nos rodeaban

y que entonces no comprendí.

Y es que aún te quiero,

si … te quiero … te quiero !

Y pienso en aquellas mañanas

y siento aún el calor

de nuestros cuerpos,

que entre las sábanas

formaban una cárcel maravillosa

de la que no resistíamos a huir.

Recuerdo nuestro lenguaje

hecho de caricias y susurros.

Como te echo de menos

y cuanto te quiero …

Te acuerdas? … SI.

Pero aquello acabó, como acaba todo,

casi sin querer, igual que

el río se pierde en el mar.

No, no … no fue culpa tuya ni mía,

pero con nuestro orgullo

perdimos mil cosas bellas.

Hoy tengo tiempo,

tengo todo el tiempo del mundo,

y cuanto más pienso, más te añoro

y más te deseo…

Y es que aún te quiero …

TE QUIERO … TE QUIERO !

Pero donde estás ?

Manolo Otero

Vinte poemas de amor e uma canção desesperada

Posted in Sonetos de esos a quien admiro on October 20, 2008 by suavemurmullodeluna

click to comment

Posso escrever os versos mais tristes esta noite
Escrever por exemplo:
A noite está fria e tiritam, azuis, os astros à distância
Gira o vento da noite pelo céu e canta
Posso escrever os versos mais tristes esta noite
Eu a quiz e por vezes ela também me quiz
Em noites como esta, apertei-a em meus braços
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito
Ela me quiz e as vezes eu também a queria
Como não ter amado seus grandes olhos fixos ?
Posso escrever os versos mais lindos esta noite
Pensar que não a tenho
Sentir que já a perdi
Ouvir a noite imensa mais profunda sem ela
E cai o verso na alma como orvalho no trigo
Que importa se não pode o meu amor guardá-la ?
A noite está estrelada e ela não está comigo
Isso é tudo
A distância alguém canta. A distância
Minha alma se exaspera por havê-la perdido
Para tê-la mais perto meu olhar a procura
Meu coração procura-a, ela não está comigo
A mesma noite faz brancas as mesmas árvores
Já não somos os mesmos que antes havíamos sido
Já não a quero, é certo
Porém quanto a queria !
A minha voz no vento ia tocar-lhe o ouvido
De outro. será de outro
Como antes de meus beijos
Sua voz, seu corpo claro, seus olhos infinitos
Já não a quero, é certo,
Porém talvez a queira
Ah ! é tão curto o amor, tão demorado o olvido
Porque em noites como esta
Eu a apertei em meus braços,
Minha alma se exaspera por havê-la perdido
Mesmo que seja a última esta dor que me causa
E estes versos os últimos que eu lhe tenha escrito.
(Pablo Neruda)